A retina é a parte do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. As doenças nessa área estão entre as principais causas de cegueira e baixa visão, especialmente na população com mais de 50 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 285 milhões de pessoas no mundo têm a visão comprometida e apresentam quadros que poderiam ter sido evitados.
Entre as principais doenças da retina, temos a Retinopatia Diabética e a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). A primeira, associada ao diabetes, acomete mais de 140 mil brasileiros todo ano, de acordo com dados do Hospital Albert Einstein. “O diabetes é a principal causa de cegueira em pacientes entre 20 e 60 anos e podem causar uma baixa de visão irreversível”, alerta a oftalmologista Fabiana da Fonte, especialista em retina do Hospital de Olhos Santa Luzia.
A retinopatia diabética afeta os pequenos vasos da retina. A doença aparece principalmente em pacientes com muito tempo de diabetes e com a glicemia fora de controle. “Nos casos de retinopatia diabética, o controle da diabetes é o fator mais importante”, orienta a oftalmologista Fabiana da Fonte.
Já a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), como o próprio nome diz, é associada à idade avançada. A doença afeta a área central da retina (chamada mácula) e é apontada como a principal causa de cegueira irreversível em pessoas acima dos 50 anos em países desenvolvidos.
Estudos apontam que em muitos casos, os sintomas são encarados como parte do envelhecimento, e por isso ocorre uma demora para iniciar o tratamento. Outro fator de alerta é que com o aumento da idade média da população brasileira, a doença se torna mais prevalente
Outra causa de problemas na retina é o descolamento na região, que acontece quando a retina se separa da camada subjacente de suporte. Pode ser causado por lesões oculares, miopia severa, cirurgias oculares anteriores ou inflamação. É uma emergência médica que requer tratamento imediato e muitas vezes o tratamento é realizado através de uma cirurgia para reparar o dano “Nos casos de retinopatia diabética, o controle da diabetes é o fator mais importante.
Nas oclusões vasculares, controle de hipertensão arterial e outros fatores de risco (diabetes e dislipidemia), descolamento de retina muitas vezes não pode ser prevenido, mas durante o exame oftalmológico com mapeamento de retina podemos descobrir lesões predisponentes e tratá-las profilaticamente”, finaliza a oftalmologista Fabiana da Fonte. Foto: Banco de dados.
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