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Alta do IOF equivale a subir juros a 15% e piora crédito, dizem analistas




Medida imposta pelo governo é apontada como entrave ao desenvolvimento da economia brasileira, com impactos negativos no mercado, em negócios e no dia a dia da população
A alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciada pelo governo federal na semana passada foi apontada por analistas como um entrave ao desenvolvimento da economia brasileira, com impactos negativos no mercado, em negócios e no dia a dia da população.

A medida foi comparada ao peso que os juros — principal ferramenta do Banco Central (BC) para frear ou estimular a economia — têm nas atividades, com potencial danoso sobretudo no segmento de crédito.

O anuncio ocorreu em um momento em que analistas enxergam sinais de desaceleração na economia, justamente pelo efeito dos juros pressionados acima de dois dígitos há mais de três anos.

Segundo a XP, a medida proposta pelo governo é equivalente a uma elevação de 0,25 a 0,5 ponto percentual da Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Ou seja, o aumento do IOF tem potencial para fazer a economia brasileira rodar como se os juros estivessem em até 15,25% ao ano.A XP aponta que o encarecimento do crédito ocasionado pela mudança reduz a necessidade de o BC seguir elevando os juros para controlar a inflação. Desse modo, os analistas da casa esperam que a Selic fique estável na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

"No entanto, o aumento do IOF não terá o mesmo impacto que o aumento da taxa básica de juros sobre as expectativas de inflação, o consumo intertemporal e a taxa de câmbio", ressaltou a entidade em relatório.

O repasse aos consumidores tem uma estimativa ainda mais negativa. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que o custo efetivo do crédito deve subir em até 40%.

A entidade ressalta, sobretudo, o impacto às micro, pequenas e médias empresas.

“Isso pode significar, em uma operação de curto prazo, uma variação entre 14,5% a 40% no custo efetivo total, em termos de taxas de juros”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.


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postado por Altinhoshow

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