Uma operação policial, juntamente com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), identificou 132 ligações de água clandestina em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Quatro pessoas foram presas durante a ação que durou cinco dias e fez uma varredura em mais de 1.260 metros de tubulações em vários bairros e comunidades do município.
Segundo a Compesa, foi constado durante a fiscalização o desvio de 10,3 milhões de litros de água por mês, o suficiente para abastecer mais de mil residências por um mês. A varredura aconteceu nos bairros Cidade Alta, sítio Torres/Rendeiras, Universitário, Loteamento Juriti, além das comunidades de Lajes, Jacaré, Umburana, Gonçalves Ferreira e Taquara.
No último dia da operação, realizada na sexta-feira (9), o alvo das ações foi um condomínio de alto padrão. Ao chegar ao local, a fiscalização identificou que 70 imóveis em construção estavam desviando água. Estima-se que essa prática estivesse ocorrendo há três anos, desviando 1,5 milhão de litros de água por mês e prejudicando os bairros Amilson Afonso e Fernando Lyra. Foram aplicadas multas de R$ 151.905,60, além de protesto cartorial, com restrição por inadimplência.
Duas pessoas foram presas entre a segunda-feira (5) e a terça-feira (6), cujos desvios afetavam diretamente a comunidade de Gonçalves Ferreira, que agora passa por processo de regularização da vazão total de oito mil litros por segundo. As outras duas pessoas foram presas no bairro Cidade Alta e Sítio Torres/Rendeiras.
No Cidade Alta, a equipe flagrou a água sendo desviada para abastecer um clube com piscina.
Na comunidade do sítio Torres, os desvios eram em um supermercado, haras e 15 chácaras. No supermercado, foi feita uma adulteração no hidrômetro, que provocava menor consumo e maior desvio de água. A localidade estava com um novo sistema de abastecimento, inaugurado em fevereiro, onde foram investidos R$ 410 mil. Pouco tempo depois da entrega, os moradores começaram a reportar falta de água, o que levantou suspeitas da companhia.
Como denunciar
O desvio de água com ligações clandestinas é infração prevista no código penal, com penas previstas de um a cinco anos de reclusão e multas, que podem variar entre R$ 5 mil a R$ 50 mil reais. Além disso, o furto de água prejudica o abastecimento da população e de equipamentos como hospitais, escolas, creches, asilos e órgãos públicos.
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