O governo de Pernambuco deve anunciar, nesta segunda-feira (1º), a construção de um Batalhão da Polícia Militar (BPM) no município do Cabo de Santo Agostinho, com investimento de R$ 12,2 milhões. O anúncio acontece em meio à polêmica envolvendo a prefeitura municipal e a gestão da governadora Raquel Lyra sobre a segurança pública no município. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cidade foi a quinta do país com o maior número de mortes violentas intencionais (MVI) em 2024.
Em junho deste ano, o prefeito do Cabo, Lula Cabral – opositor da gestão estadual - fez uma solicitação, pessoalmente, à governadora para que ela pedisse o envio de tropas da Força Nacional para a cidade, por conta dos altos índices de criminalidade. Segundo Lula, o apelo já havia sido feito publicamente em maio, não houve avanço no processo. Ele alega que o efetivo atual da Polícia Militar não tem sido suficiente para conter a criminalidade, especialmente os homicídios.
Ainda de acordo com o prefeito, o 18º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela segurança do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, conta com um efetivo de 320 policiais. Isso representa uma média de um policial para cada mil habitantes, índice considerado abaixo do ideal para a demanda local.
Em resposta, Raquel Lyra afirmou que não iria fazer o pedido – segundo a legislação, a solicitação de interferência da Força Nacional, vinculada ao governo federal, precisa ser referendada pelos governos estaduais – por conta da melhoria dos índices de violência em Pernambuco, incluindo os do Cabo.
Segundo a Secretaria de Defesa Social, os homicídios na cidade tiveram redução de 11%; a violência doméstica de 16%, os roubos de 22%. “Pernambuco está no caminho certo, temos absoluta condição de enfrentar a criminalidade, como nós estamos fazendo. Então nós não vamos encaminhar ao governo federal o pedido de Força Nacional”, ressaltou a governadora.
Esse também foi o motivo apresentado pela Secretaria de Defesa Social para deixar o Cabo fora da lista das cidades que vão receber novos batalhões da Polícia Militar, a partir do próximo ano. No início de junho, a governadora encaminhou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, prevendo a criação de cinco novos BPMs, além da conversão de duas companhias em batalhões.
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