Foi na última cavalgada, Da qual participou Claudemir. Junto com o seu compadre Flávio, Por quem tinha muita consideração.
E num trocadilho de versos dizia:
E se mulher fosse terra,
Eu só dormia no chão.
Oh Tomás vou te dizer,
Me preste bem atenção.
O meu compadre Flávio,
Mora no meu coração.
E se mulher fosse terra,
Eu só dormia no chão.
E assim iam os três pelo caminho,
Em seus cavalos a galopar.
Tirando fino no aceiro,
Em meio ao verde do lugar.
Ao som das águas do riacho,
Que umedece o boqueirão.
De longe se ouvia o mote:
E se mulher fosse terra,
Eu só dormia no chão.
Mas como se fosse ironia,
Do destino a lhe seguir.
Montado em seu cavalo,
Lá estava Claudemir.
Gargalhadas e boas conversas,
Ao longo de todo caminho.
Sem saber que em poucos dias,
Algo ruim estava por vir.
Aboiavam de qualquer jeito,
Se sentiam numa grande diversão.
E se mulher fosse terra,
Eu só dormia no chão.
Depois Claudemir partiu para sempre,
Deixando amigos e o seu compadre Flávio.
Ficaram todos estarrecidos,
Com a notícia da desencarnação.
Flávio desmanchou-se em prantos,
Como se tivesse perdido um irmão.
Na mente ecoava aquele mote:
E se mulher fosse terra,
Eu só dormia no chão.
Autor: Antonio Airton de Barros.
Em, 17.10.2019.
Em homenagem ao Amigo Claudemir desencarnado no último dia 14.10.2019. (In Memoriam)
Obs. O mote aqui usado era cantado por ele nas brincadeiras com os amigos.
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