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ALTINHO URBANO: O Passado de Algumas Ruas escrito por Antonio Airton


foto divulgação Google mapas



Tudo o que as pessoas fazem, dizem ou escrevem, pode ser considerado um testemunho, um documento ou uma fonte histórica, haja vista que nos dá determinada informação sobre estas pessoas e suas épocas, nos ajudando a entender melhor a sua história.
O que acontece na história da humanidade sempre foi registrado através dos acontecimentos escritos – até o início do século XX eram as fontes mais confiáveis dos historiadores – os vestígios materiais, ou a chamada cultura material, isto por conta dos raros documentos escritos, os registros iconográficos, registros através de imagens e os chamados relatos orais, muito úteis, principalmente no estudo da vida cotidiana das sociedades se escrita. Muitos historiadores chamam de história oral e que é muito usada atualmente.
Muitas vezes precisamos contar a história de alguém, ou relatar sobre determinado acontecimento e sempre precisamos ouvir as pessoas mais velhas - quando se trata do passado, principalmente – precisamos ouvir nossos ancestrais, pois muitas vezes se trata de acontecimentos corriqueiros e que só têm importância para um determinado grupamento de pessoas.
Portanto, foi ouvindo relatos de determinadas pessoas que conheci e de outras que já conhecia que conheci o por que dos nomes de algumas ruas de nossa cidade e que, desde o passado ficaram conhecidas por terem nomes de certa forma muito esquisitos.
A Rua Tabelião João Batista de Carvalho, ficou conhecida desde o passado como a Rua do Seixo, já a Rua Manoel Omena, onde se localiza a Unidade Mista de Altinho, ficou conhecida como a Rua da Maternidade; a Rua Dão Rocha ficou conhecida como a Rua da Cadeia, por a mesma ficar bem próxima; a Rua João Francisco dos Santos ficou conhecida como o Beco de João Pajeú; a Rua José Wedson de Barros, era conhecida como o Beco de Mizael; a Rua Professor João Pereira era conhecida como a Rua da Estivinha, por conta de ali existir um chafariz e onde tinha também os lavadores públicos; a Segunda Travessa Dr. Rabêlo é conhecida como o Beco do Peixe, isto devido ao fato de alguns moradores de lá serem pescadores e que costumavam colocar os peixes ao sol para secar nas calçadas de suas casas; a Primeira Travessa Dr. Rabêlo, era conhecida como a Rua do Motor, devido ao fato de lá ficar instalado o motor que fornecia a luz elétrica do Sr. Manoel Licó que era distribuída para a idade; a Rua Dr. Rabêlo, no passado, era conhecida como a Rua da Foice, devido ao fato de que no ano de 1939 houve um crime de morte, segundo contam, “Zé Buchada” que era irmão de Ticundo, foi assassinado com vários golpes de foice e eu foi um crime passional; a Avenida Coronel Joaquim Alves dos Santos sempre foi conhecida como a Rua da Alegria, pelo fato das pessoas serem alegres e que também no passado, lá os moradores promoviam grandes festas; a Rua Capitão Guilhermino ainda hoje é conhecida como a Rua do Cemitério e não é preciso nem dizer porque; a Rua Boa Vista, no passado era como “A Moita”, ito porque por lá existia muito mato, só havia três ou quaro casas no início e também porque lá residia um Senhor conhecido como “Elias da Moita”, e um outro Senhor por nome de Julião, e, ambos eram comerciantes. Com o passar do tempo surgiu a família Cassiano e, aos poucos se transformou no que é hoje a Avenida Boa Vista, uma das ruas mais elegantes de nossa cidade, com muita tradição e que tem um passado marcado por bons momentos musicais dos anos 70 e 80 e também foi nesse período que a rua foi muito frequentada pelos jovens altinenses, pelos
seresteiros e por todos aqueles que de uma maneira ou de outra se sentiam atraídos pelo delicioso doce da saudosa Luiza de Gau.

Autor: Antonio Airton de Barros – Professor Especialista no Ensino de História.
Publicado no Jornal Myster em 16.06.2012.
Editado em, 16.01.2020


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postado por Altinhoshow

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