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CARNAVAIS DO PASSADO ALTINENSE ESCRITO POR ANTONIO AIRTON


Hoje me pus a recordar, E dei uma volta no passado. Me lembrei dos carnavais, Que na cidade de Altinho, Já foram muito animados.

Saudades do Bloco da Ema, Criado pelo finado "Lala". Que era tio de Osman, Hoje ninguém mais fala.

O tradicional Zé Pereira, Saindo da Rua Boa Vista. Carros acompanhando em corso, Em cima deles, moças bonitas.

Terminava a passeata, Com um baile carnavalesco. Lá no clube do Altinense, Com uma boa orquestra de frevo.

Durante o dia era só alegria, Homens vestidos de mulher, Mulheres vestidas de homens. Muita gente se travestia.

Os papangus passeavam, Pelas ruas da cidade. Uns muito rabugentos, Outros muito elegantes. Mas todos, Com muita simplicidade.

Os papangus tinham endereço certo. Quando a tarde ia chegando, Eles iam à Rua Boa Vista, Uns iam apenas para passear, Outros porque queriam paquerar.

Muitos foliões se reuniam, Para irem à casa de Osvaldo Amorim (Dau), Tomar caipirinha de maracujá, E ficarem mais animados.

Havia o Bloco de Lourival e Noêmia, Que era um mela-mela danado, Gente com lata d'agua na cabeça,
e quem por perto passava era molhado. Outros misturavam água com cal, Era um corre-corre danado.

O bloco dos papangus, Que durante vários anos Por Valderez, Inalda e Ione, Por elas foi criado. Quando era bem de tardezinha O locutor Roberto Brasil, Anunciava o contemplado.

E o inesquecível Pedro Urubano? Que pelas ruas desfilava Travestido de mãe solteira, Com uma boneca de lado. Uma mine saia escandalosa, Bolsa à tiracolo de lado.

O papangu mais "irreconhecível, Ainda bem que ele está vivo. É o famoso Jorge de Zé Caracol, Que todo ano sai, não desiste.

Até alguns super-heróis, Sempre foram representados. Através do Luiz Batman, Robin, o Coringa, as vezes índios, Tartaruga ninja, Todos eles misturados.

Também tinha um papangu, Que virou uma tradição. Eu tinha muito medo dele, Era o famoso cabeção.

O Bloco de "Do Santo", Juntamente com "Batatinha". Violão, cavaco e pandeiro, Com a bela voz de Rosinha.

A fubica de Ademar Feitosa. O jipp azul de duas portas. Desfilava com Fausto Couto e Ivone. Os carros inventados por Edir, O homem sendo carregado na rede, Que eu nunca soube o seu nome.

Durante todo o dia, Tinha muito mela-mela. Quem do meu tempo não se lembra, Do inesquecível Deda Massapê,"

Que logo pela manhã andava, Com vários talcos da marca cinta azul. Para jogar em quem ele queria, Percorrendo o centro e a periferia.

Roque Bezerra de Sobral, Era um folião espetacular. Muitas vezes fui à casa dele, Com o meu tarol afinado. Para um pagode tocar. Ele ficava muito feliz, Até a brincadeira acabar.

Era assim o carnaval do passado, Que em Altinho por décadas vivenciamos. No clube do Altinense era só alegria, Máscaras, colombina, pierrot, Violência, zero, O lema era paz e amor.

Ah, tinha orquestra de frevo,

Tocando pela cidade.

Tinha o Bloco Acorda povo,

Com Roberto percorrendo a cidade.

Assim eram os carnavais de Altinho,

No s tempos de minha mocidade.

Autor: Antonio Airton de Barros. Altinho 26.01.2017.

FOTO: Antonio Airton e Marcelo Carneiro – Carnaval no Clube do Altinense em 1975.



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postado por Altinhoshow

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