O montante de R$ 84.524,78 destinado ao pagamento das diárias é R$ 60, 7 mil a mais que o pago em Altinho, cujo tamanho populacional é semelhante ao de Agrestina, em torno de 23 mil habitantes. A vereadora Valéria Nascimento (PSB), que faz oposição ao governo, acredita que há excesso nos gastos públicos. “É um absurdo porque quem paga é o cidadão agrestinense. Temos que fazer um levantamento para saber para onde o recuso que o prefeito diz que vai buscar nas viagens está indo, porque até agora não chegou aqui. Depois de três anos está sendo calçada a primeira rua de várias que deveriam ser feitas”, afirmou.
Já o vereador e líder da oposição Ivan Bulhões (PCdoB) chamou atenção para quantidade de cargos comissionados. Ao todo, são 280, número maior que em Caruaru, que tem 314 mil habitantes. Embora o número seja considerado elevado para o tamanho da cidade, em 2013, eram 690 comissionados na Prefeitura de Agrestina. Em 2012, ano eleitoral, o número era de 98. “É muito chefe para pouco trabalho. Enquanto isso os efetivos estão com possibilidade de atraso nos salários”, disparou o pós-comunista.
Procurado, o prefeito Thiago Nunes disse que viaja em média de três a quatro vezes por semana ao Recife para buscar apoio com parlamentares e o governo. “Também vou a Brasília pelo menos três vezes por ano. Por causa dessas viagens Agrestina tem conseguido contratos de repasse federal. Ao todo são 19, cujos valores ultrapassam os R$ 10 milhões de investimento. A gestão anterior, (da ex-prefeita Carmen Alves, do PT) só conseguiu dois contratos”, destacou. Segundo ele, no ano passado o município obteve cinco emendas de deputados estaduais que somam R$ 380 mil. O dinheiro, afirmou, é usado para reestruturar a rede de ensino e de saúde. Duas ambulâncias deverão ser compradas até o final deste ano com verba destinada pelos políticos.
Lacuna
Atualmente Agrestina está sem vice-prefeito. Josué Mendes (PTB) foi destituído do cargo por decisão da justiça federal após ser condenado por improbidade administrava quando era prefeito do município, entre os anos de 2001 e 2008. As contas do último ano de gestão foram rejeitadas porque não foram esclarecidos o de R$ 246.305,42 em contrato celebrado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A verba, teria como finalidade a aquisição de equipamentos para apoio à organização e ao desenvolvimento de cadeias produtivas e redes de empreendimentos, além da contratação de serviços de terceiros (pessoa jurídica) para apoio à implantação de unidades produtivas.
Sem a prestação devida, o Judiciário determinou o ressarcimento no valor de R$ 250 mil, sendo R$ 246.305 à União, e R$ 3.694,58 à Agrestina. O petebista também teve os direitos políticos suspensos por seis anos e ficou proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios no prazo de cinco anos. A reportagem ligou para Mendes, mas não obteve retorno.
fonte blog Magno Martins
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