para desviar a atenção das autoridades, a quadrilha interestadual de tráfico de drogas, desarticulada pela Polícia Federal nesta terça-feira (14), utilizava um posto de gasolina, um clube e uma concessionária como fachada para as suas operações criminosas. A informação foi repassada durante uma coletiva de imprensa na sede da corporação. O grupo é suspeito de atuar em quatro estados do Nordeste.
Segundo o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, o grupo era muito bem organizado e demonstrou uma preocupação em camuflar o crime.
"Essa quadrilha tem um aspecto empresarial. Eles tinham uma hierarquia de ações dinâmicas e com aspecto familiar. Nós temos a informação de vários imóveis e empresas catalogadas em nomes de outras pessoas, possíveis laranjas", pontuou.
Com um posto de gasolina em Igarassu, um clube com piscina em Jaboatão dos Guararapes e uma concessionária em Paulista, todos no Grande Recife, a polícia ainda não tem dimensão do patrimônio dos suspeitos.
"São pessoas sem movimentação financeira, mas com patrimônio significativo em nome de outras pessoas", completou a delegada Carla Patrícia, chefe da delegacia de Combate ao Crime Organizado.
Atacadistas
A atuação da quadrilha se caracterizava como atacadistas. Eles adquiririam as drogas: maconha, cocaína e crack com fornecedores e revendiam para varejistas da Região Metropolitana do Recife e de quatro estados do Nordeste: Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Essas drogas vinham camufladas em cargas lícitas, de acordo com as investigações.
Os principais destinatários seriam traficantes de Paulista e Olinda no Grande Recife, incluindo detentos. Ainda não se sabe a origem dos entorpecentes. A PF aponta ainda que há presidiários comandando e integrando o esquema de dentro do sistema carcerário.
Ao todo, a operação denominada 'Estufa', cumpriu 12 dos 15 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão em cidades de Pernambuco e da Paraíba. Outras cinco pessoas foram conduzidas coercitivamente para prestar esclarecimentos. Entre os presos, havia ainda duas mulheres.
Entre o material apreendido nesta manhã estão, 150 quilos de maconha, 20 quilos de pasta base de cocaína, três pistolas, quatro revólveres, 500 quilos de crack e duas carretas de transporte de combustíveis, além de R$ 8.500 em espécie. As investigações tiveram início em setembro de 2016. Na época, apreenderam duas toneladas de maconha e R$ 30 mil em dinheiro.
A quantidade da droga era tanta que o grupo a estocava em diversos lugares. Entretanto, o principal depósito ficava no município de Igarassu.
A operação contou com 90 policiais federais e 11 militares do Bepi. "É um grupo que demonstrou nenhum interesse em parar. Após o primeiro flagrante, eles não pararam a atividade criminosa. Pelo contrário, fizeram uma análise e refinaram a sua distribuição", concluiu a delegada Adriana Vasconcelos, responsável pela operação.
do G1
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