Política

Delações da Odebrecht: Humberto Costa é citado em depoimento sobre propina em contrato com petroquímica

Humberto Costa (Foto: Reprodução/TV Senado)

O senador Humberto Costa (PT-PE) é citado em depoimentos prestados por delatores durante as investigações da Operação Lava-Jato e enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o ministro Edson Fachin. A petição número 6.661 trata de informações sobre pagamento de propina de R$ 1 milhão em contratos firmados entre a Odebrecht e a Petroquisa, subsidiária da Petrobras e controladora da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe). O parlamentar teria sido beneficiado com recursos para campanha eleitoral.
A assessoria de comunicação de Humberto Costa informou, por meio de um e-mail, que não há fato novo nessa denúncia. Afirmou que ela se refere a um inquérito aberto há mais de dois anos e para o qual a Polícia Federal já pediu arquivamento.
De acordo com informações da delação premiada de Rogério Santos Araújo, César Ramos e Márcio Faria da Silva, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria solicitado o pagamento de vantagem indevida ao senador pernambucano. O valor seria de 1’% de um total de R$ 30 milhões referente aos contratos.
Diante da citação, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, solicitou que os depoimentos fossem anexados ao Inquérito 3.985 do Supremo Tribunal Federal. Esse inquérito trata de investigação sobre recebimento de vantagem indevida pelo senador Humberto Costa.
Segundo o teor da delação de Rogério Araújo, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Odebrecht, o pedido da vantagem foi feito por Paulo Roberto Costa. Rogério relata que Paulo Roberto Costa teria dito, inicialmente, que tal quantia seria integralmente em benefício dele e não repartiria com terceiros.
Depois, relata Rogério Araújo, Costa teria dito que do valor de R$ 30 milhões seria descontada de uma parte para um político do Rio de Janeiro e R$ 1 milhão líquidos para o parlamentar pernambucano.
Lista de Fachin
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de 76 inquéritos solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Com esta decisão, o número de inquéritos da operação no STF triplicou, passando de 37 para 113. Há ainda cinco ações penais abertas no tribunal.
O número de investigados também teve um aumento considerável, de 109 para 195 pessoas. Já o total de partidos com políticos investigados mais que dobrou: passou de 8 para 18.
Em relação aos políticos, Renan Calheiros (PMDB) continua a ser o alvo com mais inquéritos da Lava Jato no STF. Antes, eram 8; agora, são 12. Ele ainda tem uma ação penal e outros três inquéritos fora da operação.
Considerando apenas a lista de Fachin, que foi baseada em delações de ex-executivos da Odebrecht, os políticos mais citados são Aécio Neves (PSDB) e Romero Jucá (PMDB), com 5 inquéritos cada um.



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