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Essa gente tão sofrida, Antes mesmo de aqui chegar. Sofreu horrores em seu continente, Escravizada por "outra gente", Que se achava com outra cor, O africano é ser humano, De beleza, humildade e pudor.
Trazidos de Kamerun, Guiné, Etiópia, Madagascar, Zaire, Mali, Zanzibar, Congo e Angola, Não importa o lugar. O que importa é o agora, Pois esse povo não sofreu calado, Resistiu e sempre lutou, Sempre fiel a suas crenças, Uma cultura criou. A marca maior dessa gente, É a beleza, a humildade e o pudor.
Verdadeiros donos de um continente exuberante, Onde quase tudo se assemelha ao Brasil. Foram eles os ancestrais da humanidade. Penetraram em outras localidades, Até serem descobertos, Por quem se achava dono da verdade. Foram vítimas de uma barbárie, De um exército matador. Que exterminou grande parte, Desse povo sofredor. Que tem no seu sangue corrente, Beleza, humildade e pudor.
Trazidos para o Brasil, Nos porões das embarcações, Os que aqui vivos chegavam, Eram vendidos como mercadoria, Passaram por grande agonia, Ao verem os filhos separados dos pais. Mas um dia lutaram pela alforria, E puderam dizer: escravidão nunca mais!
Hoje nos causa admiração, A história sofrida dessa gente. Que para muitos não tem cor, Tem sim, coragem e sangue quente, Resistência e muita bravura, Beleza, humildade e pudor.
Vivendo no "novo mundo", Muita coisa o africano ensinou, A cultura, a culinária, A religiosidade, a música, A dança o Brasil também herdou. Ajudaram a desenvolver, O nosso imenso território. Mesmo sendo a duras penas, No trabalho obrigatório. Pois era assim a política, Do projeto civilizatório. Que os via como animais, Sem alma, nascidos pra sentir dor. Mas o que eles sempre tiveram, Foi beleza, humildade e pudor.
O berço da humanidade, É de infindas belezas mil. Possui muitas características, Parecidas com o Brasil. Principalmente a pujança da natureza, Sem falar da mistura de cores, Contrastando com o natural. O maior continente solar do mundo, O Brasil, a maior nação solar do Planeta. Foi um continente que sempre lutou, Para ser livre como as borboletas. África dos "Três Ts":Tambor, Tribo, Tarzan. África dos "Três Cs": Comércio. Cristianismo, Civilização. Era assim o raciocínio, Da visão eurocêntrica, Principalmente por Portugal, Que chegou a transferir o Mazagão, Para a região do Panamá, Foi esse o grande feito, Do famoso Marquês de Pombal.
Hoje todos se misturam, No país do carnaval. A África também é aqui,
O passado já passou. Injetemos em nossas veias, O antídoto da não descriminação. Somos resultado da mesma espécie, O que importa é o amor. Olhemos na frente do espelho, E enxerguemos o reflexo a nos ver. O que foi que em nós ficou, Da beleza, da humildade e do pudor.
Autor: Antonio Airton. São Paulo: 21.04.2016.
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