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SAUDADES DO BAKANINHA BAR ESCRITO POR ANTONIO AIRTON.




Por volta dos anos de 1980, ou mais precisamente no ano de 1987, surgia em Altinho um bar diferente dos demais e que foi organizado pelo senhor José Wamberto Bezerra de Sobral, conhecido por todos por “Zezé de Nana”, altinense notável, que resolveu colocar o nome de Bakaninha Bar e que funcionava na então Praça Júlio rodrigues filho, onde atualmente fica localizada a loja de George Foto Stúdio.
O bar surgiu em uma época que Altinho vivia noites pacatas, madrugadas harmoniosas, onde praticamente o único ruído que se ouvia provavelmente era o do som de um cavaquinho e de um violão e vozes melancólicas que sempre movimentavam o interior daquele bar.
Era um ambiente bem organizado e o cardápio, apear de não ser tão variado, pois a sua especialidade era mesmo o indispensável feijão de corda com carne de sol acompanhado de farinha carioca, manteiga de garrafa, muita salada e vinagrete além de um “drink”, da preferência do cliente.
Funcionava sempre a partir das oito horas da noite, pois era um bar noturno e apesar de ser um bar para todos, havia momentos em que era muito frequentado por diversas personalidades de nossa cidade, e que serão citadas no decorrer dessa crônica.
Só no ano de 1990 é que o Bakaninha Bar foi mudado para um local bem em frente a Prefeitura Municipal, onde atualmente funciona o salão de Edson Cabeleireiro, mas que continuou com o mesmo dono (Zezé e Nana), e com a mesma especialidade, inclusive com a de reunir bons amigos e velhos seresteiros.
Zezé de Nana e sua esposa Ildete Vasconcelos Bezerra de Sobral, ou simplesmente “Dete”, como era conhecida ainda hoje, era o casal que comandava a cozinha do bar, muito embora houvesse uma pessoa que colaborava muito com o cardápio e que ajudava a dar um sabor especial, que era o saudoso “Salomão Baixinho” que por muitas ocasiões fez com que muita gente esperassem para serem atendidas por ele.
O bar funcionava a noite inteira e amanhecia o dia. A janta oferecida era sempre acompanhada de uma boa música, ao vivo, com os valores de nossa terra, e que também eram fregueses do bar. Lembro-me que os frequentadores mais assíduos do bar eram: Wilson Bezerra que toca cavaquinho muito muito bem, Paulo Cigano, excelente violonista e que canta muito bem, Pereira, Zé de Juvina, famoso violonista e seresteiro, ”Severino Doidão” (falecido) ,ele era Oficial de Justiça e seresteiro, o próprio Zezé de Nana que cantava muito bem, o saudoso dr. Rossini e Dona Neusa que por sinal cantavam muito bem.
Contou-me Zezé de Nana que certa vez o Dr. Rossini fez uma homenagem a Cícero Lagoa que tinha uma banda de pífanos, ele compôs uma música que Zezé não esquece, e que também certa vez fizeram uma serenata lá no bar, Dr. Rossini, Zezé de Nana e outros amigos e foram para a fazenda caminhando e cantando.
Outras personalidades de Altinho que também frequentava o bar era o cantor e compositor Jorge de Altinho, que segundo Zezé de Nana várias músicas de Jorge surgiram nas mesas do Bakaninha Bar, Joãozinho Soares, delegado da polícia civil hoje aposentado e pai do vocalista Davi Firma que também é compositor, também foi um grane frequentador, Everaldo
Boa Vista, cantor e compositor, também foi um frequentador assíduo, o saudoso Homero Moura (Beba), o meu irmão José Wedson de Barros, que era funcionário do BANDEPE, Carlos Tadeu (falecido)sol e que era soldado da Policia Rodoviária Federal, Waldir Ramos de Arruda, funcionário do DENTEL e locutor da Voz do Município e que era filho de Cadete e cantava muito bem, o saudoso Edmilson Birinda, conhecido entre os amigos por “Rego Curto”, Edigar Oliveira, sobrinho de Mijzael e o amigo Bosquinho, irmão de Licélia, o cantor e compositor Totonho Lins...
Ricardo Rocha, ex jogador da Seleção Brasileira de Futebol e o seu sogro Zé Leite, também frequentavam o ba e fizeram muitos amigos por aqui. O saudoso Jorge Porfírio que era chefe de cozinha do Othon Pallace Hotel em São Paulo, também era frequentador assíduo e, por sinal, o conheci muito, Zé Morais da cidade de Caruaru, também frequentou o bar e fez muitos amigos.
O saudoso Elias de Moisés foi um grande seresteiro que também frequentava o bar, Milton Chã, a mãe de Alba, o músico Edvaldo, o tabelião Edmilson do Cartório, Carminha, e tantos outros.
Enfim, o Bakaninha Bar foi destaque quanto ao entretenimento noturno do passado altinense e que inspirou muitos músicos e cantores de Altinho bem com os amantes da boa música e que muita saudade nos deixou.
Infelizmente em dezembro do ano de 2018 José Wamberto faleceu deixando entre os altinenses de um modo geral, muitas saudades, mas também boas lembranças que com certeza tão cedo esqueceremos os bons momentos que compartilhamos com ele e outros nos amigos.


Autor: Antonio Airton de Barros – Professor Especialista no Ensino de História.
Em, 17.01.2018.


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postado por Altinhoshow

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