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Altinho Urbano: A Historia do Maestro Genivaldo, escrita por Antonio Aírton


Genivaldo Joaquim da Silva, é altinense, residente à Rua Barão de Contendas, 86, no centro da cidade, nascido em 23 de março do ano de 1956, e é filho de Dona Adetina Josefa da Silva (falecida) e de Pedro Joaquim da Silva (falecido).

Iniciou os estudos (Primário), na SAIJA e teve como professora a saudosa Ijalma Bezerra de Menezes, o Presidente da referida entidae era o saudoso Dr. José Ferreira de Lima (Dr. Zé Lima), depois, estudou na Escola Professor Francisco Joaquim de Barros Correia, na Escola José Lins de Figueirêdo, e, em 1975 e concluiu o Ensino Fundamental no Colégio Comercial de Altinho cujo Diretor era o Dr. Edmilson de Barros Melo e o Secretário o Dr. Lourival Alves da Costa ; cursou o 2º Grau em 1979 conferido o Certificado de Técnico em Contabilidade, com fundamento legal de acordo com o artigo 22 e 16, combinados com os artigos 4º,e 6º da lei nº 5692, de 11.08.1971, o Colégio Cenecista de Altinho, que tinha como Diretora a professora Maria do Socorro Rodrigues Duarte e a Secretária Maria Nazaré Gomes Duarte.

Em 1966, teve inicio a escola de música e Genivaldo, demonstrava preferência pela música desde a sua infância, e, iniciou sua carreira como músico aos 10 anos de idade, estudando na referida entidade (SAIJA), sendo aluno do saudoso maestro Félix de Barros Correia, com quem aprendeu música, tocando inicialmente trompa, depois Trompete, mas que se dedicou a tocar Trombone de Pisto.

Chegou a ser, Secretário, Presidente, Músico, Maestro-Regente da Banda Musical da SAIJA, isto de 1976 a 2006, foi Auxiliar, Escrivão e Chefe de Cartório da 48ª Zona Eleitoral – Altinho – PE, no ano de 1974.01.09. de 1973, foi nomeado Arquivista e Contramestre da Banda de Música da SAIJA, através de Portaria nº 10/73, tendo como presidente o saudoso Dr. José Luiz Ramos Wanderley, ex-Juiz de Direito da Comarca de Altinho e que fora Presidente da SAIJA. Genivaldo foi Maestro Regente durante oito anos. Em 15 de 09.d3 1987, teve participação no Curso de Reparação de Instrumentos Musicais de Sopro no Recife – PE, curso promovido pelo Ministério da Cultura – Fundação Nacional de Arte – Instituto Nacional de Música, realizado de 10 a 15 de agosto de 1987, com carga horária de 76 horas, ministrado por professores do Rio de Janeiro e São Paulo, nas pessoas do Diretor do Instituto Nacional de Músca, o Sr.Edino Krieger, Professor-Coordenador Celso Woltzenlogel, Professor José Vieira Filho, ambos do Rio de janeiro e o Professor Angelino Bozzini, do Estado de São Paulo. Foi maestro das Bandas de Forró Rio Uma, “Bandinha do Genivaldo” e Orquestra de Frevo “Banda Geniais”. E, atualmente é Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Altinho.

Me contou Genivaldo que não chegou a participar da Banda Santa Cecília, e que esse nome foi colocado depois; antes era Banda da SAIJA (Sociedade de Assistência à Infância e à Juventude de Altinho), onde no primeiro estágio era aprendiz e no segundo estágio ingressou na banda mais ou menos por volta do ano de 1967, nesse período, a banda só desfilava com os instrumentos, uma forma de apresentar-se à comunidade, sem tocar porque todos eram aprendizes, era só para mostrar a comunidade que a Entidade havia recebido por doação, os instrumentos do então Deputado Geraldo Guedes. Portanto, os alunos não podiam soprar por não estarem aptos, segundo o maestro Félix de Barros. Porém, “Zezinho de Tuta”, (falecido), não resistiu e soprou na clarineta e m seguida foi punido pelo então presidente da SAIJA, o Sr. Rubens Lemos, por oito dias!
Lembra com muita saudade daqueles bons tempos e, principalmente do colegas da Banda que foram os músicos iniciantes: Waldemar (Dema) de Maria Pierre que tocava trompa, Antonio Camêlo, que tocava Trompete, Luiz Antonio, que tocava Trompete, Antonio Davi, tocava Trompete, José Maria de Caetano França, que tocava Trompete, o próprio Genivaldo que tocava Trompa, Ademir de Chico de Zefa, que tocava trombone, Nilton Félix, conhecido como “Ferro Velho”, filho do Maestro Félix de Barros, que tocava trombone ,Antonio Tetéia, que tocava trombone, Elias Laurindo, que tocava Sax Alto, Elias Cavalcante, conhecido por “Lilia Pesão”, que tocava Sax Sofone, Denicinho, que tocava Bombardino, Geni de Tuta,que tocava Barítono, Antonio Marques, conhecido como “Tonho de Caetano”, que tocava Clarineta, Zezinho de Tuta, tocava clarineta, José Assis de Assunção, tocava clarineta, Antonio Batista, conhecido por Vara, que tocava clarineta, juvnci, conhecido por “Juvanci Papafigo”, que tocava riquinta, Dão, que tocava na tuba, Zezinho, tocava na tuba, tocava nos pratos, o saudoso Paulo Bacalhau que tocava tarol, Adilson de Tana, tocava no surdo, e Mariano Recanto que tocava na zabumba. Quem regia a Banda era o Maestro Félix de Barros Correia.

Na segunda etapa da Banda da SAIJA, os músicos eram: Elias Braz mendes (falecido), tocava Trompete, Antônio Camêlo, trompete, José Maria da Silva, filho de Caetano frança, tocava trompete, “Deca Sapateiro”, jogador do Ipiranga e depois do Altinense, tocava trompete, Diel da Compesa (falecido), tocava trompete, Ademir Benevides de Assis, tocva trombone, Antônio Teteia, trombone, José pedro Genivaldo Pedro da Silva, conhecido por Geni de Tuta, tocava trombone, PULO Rusga, tocava barítono e depois trombone, Ademir, conhecido por Ademir de Chico de Zefa, tocava trombone, Denicinho, tocava bombardine, José Pedro da Silva, conhecido por Zezinho de Tuta, tocava clarineta, Antônio José de Oliveira, conhecido por Antônio Marques ou Antônio Caetaninho, tocava clarineta, Antônio Batista de Amorim, tocava clarineta, Valdomiro Genute, conhecido por muiro, tocava clarinete, Zezinho de tuta, tocava clarineta, Juvanci Pedro da Silva, conhecido por juvanci Papafigo, tocava requinta, Genival Joaquim da Silva, conhecido por Genivldo da Banda da SAIJA, tocava trompa e depois trombone, Waldemar de Oliveira, conhecido por Dema de |maria Pierre, que tocava trompa, Adilson Guedes, conhecido por Adilson de Tana, que tocava surdo, Cícero e Tl, que tocava tarol, Dão, que tocava tuba, mariano, conhecido por “Recanto”, que tocava bombão e Isaias Laurindo, irmão Elias Laurindo que tocava pratos.

Depois, surgiram: Valdomiro, na clarineta, Paulo Roberto da Silva, conhecido por Paulinho de João de Duda, tocava na trompa, Josimar, tarol, Paulo Bacalhau (falecido) tarol, José Esmeraldo de Melo, conhecido por Meluda, tocava tarol, Antonio Airton de Barros, conhecido por Tonho de maria de Benvinda, que tocava tarol, Antônio Davi Medeiros, conhecido por Antnio de Esmerindo, tocava trompete, maria das Dores da Silva, conhecida por Tica, tocava trompete, Almir de Santinha, tocava trombone, Sebastião Clarindo, pratos, “Tuta de Antônio Olá”, tocava surdo, Maria de Lourdes, filha de Antônio Caboclo, tocava clarineta, Glaucia Rcélia, filha de Sebastião Bordado, que tocava trompete, Marcelo Carneiro, que tocava trombone e depois trompete, Desterro que tocava barítono, Carlinhos, irmão de Nildo Confecções, que tocava trombone.

Os maestros que fizeram parte da formação musical de Genivaldo Joaquim da Silva, foram, o Maestro Félix de Barros (falecido) e Burdião. Também já falecido, já os dobrados que a Banda tocava e que Genivaldo lembra com bastante saudade eram: Cangaruçú, Canção Militar, “220”, Cisne Branco, Avante Camarada, dentre outros.

Ainda segundo relato oral de Genivaldo, a Banda Musical da SAIJA foi instalada sob a direção do Professor Félix de Barros Correia, no dia 15 de fevereiro de 1966, e que recebeu em

29.11.1966 26 instrumentos musicais doados pelo Deputado Antonio Geraldo Guedes, os quais foram distribuídos com os 26 alunos, no dia 4 de dezembro de 1966, saindo em fase de recebimento dos instrumentos musicais e desfilando pelas principais ruas de nossa cidade, quando da oportunidade era apenas para mostrar os instrumentos à comunidade, sendo recomendado que não podia soprar nos instrumentos, porém, o aluno “Zezinho de Tuta” soprou na clarineta que tinha acabado de receber e foi suspenso por oito dias pelo saudoso Presidente da SAIJA o Sr. Rubens Lemos. Só em 12 de janeiro do ano de 1967, pela primeira vez a Banda saiu tocando pelas principais ruas de nossa cidade, tocando o dobrado denominado “SAIJA”, além de outros dobrados, tais como, Cangarussú, Capitão Caçula, A Praça, Cisne Branco, 220 (Avante Camarada), Marcha Religiosa “Nossa Senhora.”

A Banda realizou muitas tocatas: por ocasião das festas de Natal, Ano Novo, nas Festas de São Sebastião, elevações da Santa Missa e procissões em: Altinho, Agrestina, Ibirajuba, Boas Novas, São Joaquim do Monte, Iguaçú, além de outras tocatas tais como: Retretas, Comícios, Inaugurações, recepcionando autoridades: Dr. Wanderley Juiz de Direito já falecido), Dr. Adelmo (Juiz de Direito que trabalhou por vários anos na Comarca de Altinho), Wellington da EMATERPE e outros. Nas emancipações políticas, Festas Cívicas, Formaturas, nas alvoradas ás cinco horas da manhã na porta da Igreja Matriz e que depois saia pelas ruas de cidade acompanhadas por Homero Moura (falecido) e família, Jorge de Altinho, Wilson e Fernando de Zé Ginuino, Dr. Álvaro e o seu irmão Toinho (falecido), ambos filhos de Antonio Primo (falecido), Mário Moura e outros, além do inesquecível Nazareno neto de Zé Moura, que acabava a alvorada com a soltura de fogos, (mosquitos, bombas e busca-pés).
Em 1991, foi maestro da “BANDA DO GENIVALDO”, sagrada a melhor Banda de Forró da região segundo pesquisa de opinião pública, registrada no Jornal Myster, veículo de Comunicação de Utilidade Pública do nosso município.

Os músicos iniciantes foram: José Ananias (sanfoneiro), Doda do Pastel (sanfoneiro), depois Luiz de Zé Preto (Sanfoneiro), Cadinho de Lourdinha (falecido), cantor, “Bola de Vidro”, (cantor), Genivaldo (trombone), Antônio Batista de Amorim ;filho, conhecido pior “Vara”, (Sax Alto), Marcelo Carneiro, (trompete), Batatinha, (zabumba), Zezinho Boi Manso, (falecido), contrabaixo, depois Zé de Melo, (contrabaixo), Tuta de Antônio Olá, (pratos), Sebastião Clarindo (tuba).

Em 1962, passou a ser renomeada para BANDA GENIAIS, também sagrada melhor Banda de Forró e Carnavalesca, certificado pela pesquisa de opinião pública, registrada pelo Jornal Myster. Os músicos participantes foram: Luiz de Zé Preto (sanfoneiro), depois Reginaldo (sanfoneiro), Jailson do Banco do Brasil (falecido), era o cantor, Dr. João Soares, cantor e compositor e que tocava teclado, depois Wiliam de Zezinho da Madeira (teclado) Neguinho (cantor e triângulo), Edvaldo de Dadá, (contrabaixo e cantor), Naldo de Batateira (guitarra), Juarez ,irmão de Marquinhos, na bateria. Segundo o baterista Juarez, a Banda Gniais atualmente tem o nome de GALERA DO FORRÓ.

Em 2007, recebeu Votos de aplausos BANDA GENIAIS, registrado em ata de autoria do vereador Luiz Antônio de Souza Florêncio, através do requerimento de nº 078/2007, Ofício nº 222/2007, datado de 09 de julho de 2007.

Durante esse período realizou várias tocatas tais como: na cidade de Altinho (Clube do Ipiranga); zona rural; Vila de Ituguaçú, Sítio Porteiras, Sítio Cabeleira, Vila de São José; em Caruaru, Agrestina, Riacho das Almas, Ibirajuba, Jurema, Bola e Mentiroso.

Já a BANDA GENIAIS como Orquestra de Frevo passou a maior parte do tempo tocando em Altinho na década de 1970, a partir do primeiro mandato do então prefeito José Ferreira de Omena, que praticamente coincidiu com a fundação do SISMAPE que foi fundado em 19.11.1996 e que foi considerado de utilidade pública em 19.04.1999 (segundo Adauto laranjeira).

Os frevos que mais tocavam era: Vassourinhas, fogão, último dia, lágrimas de foliões, Corisco, Recordação de Alcides Teixeira, Gustavo Klause, Pra Você Fabinho, fubica, Mosquetão, frevo dos motoristas, É de perder os sapatos, segurando a peteca, rei do passo, bala doida, mate o veio, bicudo e outros.

Os foliões mais participativos dessa época era: Dona Rinalda, Ione Pessoa, Inalda Pessoa, Maria José de João Romão, Ivone, Arlindo Fideles, Maria José de Dona Julieta, Fátima de Dadão, Walderez, esposa de Zito Marinho, Margarida do Sr. Lucas de Quinquim, Cabo Doca (sargento), Lourdinha de Zé Branco, Nice de Dé, Suely de José Carlos Rodrigues, Lela de Silva Babão, Deninha de Ione, Deneide de Ione, Cida de Pedro Silvino, Maria de Pedro Silvino, Otacília de Pedro Silvino, Júlia da padaria de João Pedro, Enildo Ferreira, Lúcio Rogério, Meluda, Claudenilson, Denira, Rabicó, Marco César, filho de neto fotógrafo, Valdir de Barros e Valdete Ramos, Homero Moura (Beba), Zezé de Beba, Zezé de Nana e tantos outros.

Lembra Genivaldo que quando da saída do Bloco Acorda Povo às quatro horas da manhã, dona Julieta já estava na calçada e a orquestra tinha por obrigação tocar a machinha “Bandeira Branca... Ela cantava, dançava, ria, nunca deixava de mostrar a sua paixão pelos carnavais de Altinho.

Perguntei ao Maestro Genivaldo, como acabou ficando conhecido em nossa cidade se ele que já tocou em tantas festas de São João e em tantos carnavais, se ainda sentia falta de tudo isso e ele me disse que sim, porque pelo gosto que tem pela música e também pela falta que faz da Banda da SAIJA tocando aqueles velhos e inesquecíveis dobrados. Relembra do tempo em que tocavam nas Alvoradas que era, segundo ele, uma forma de despertar a população com música, inclusive com desfile da banda pelas principais ruas da cidade e também atender a tradição religiosa, e, isso não existe mais. Lembra que, principalmente nas Festas de São Sebastião a banda tocava na calçada da Igreja durante a celebração da Santa Missa e no final os fiéis rodeavam a banda para ficarem ouvindo e prestigiando. “Tocávamos na hora da “Elevação” que era a principal parte e depois na procissão.

A título de registro, assim escreveu o Dr. Moacir Omena em “ENSAIO HISTÓRICO DE ALTINHO: “A Sociedade Musical Santa Cecília fundada em 1899, e reorganizada em 20 de novembro de 1938, pelo Sr. Elpidio Bezerra de Menezes, como presidente, com o apoio do Exmº Sr .Dr. Antonio Lins de Figueirêdo, médico, altinense, e ocupando naquela época o cargo de prefeito, deu uma subvenção mensal de : 100$000.

Atualmente está sendo dirigida pelo Exmº Sr. Dr. Cipriano de Moura Lemos, cuja presidência tem sido de trabalhos e esforços em prol da referida sociedade que recebe uma subvenção dos cofres municipais, conta, na data presente, com 403 associados e um patrimônio no valor total de: 6:900$000. (Fragmento extraído de ENSAIO HISTÓRICO DE ALTINHO, 1770 a 1970)”.

Por fim, o grande Maestro Genivaldo Joaquim da Silva nos transmite a seguinte mensagem: “A música é o tipo de arte mais perfeita, nunca revela o seu último segredo, assim chamo a atenção da Juventude Altinense, para que desperte o Gosto Pela Música, poucas, porém têm a

revelação dessa grande arte.” Disse ainda que “a Banda de Música representa a cidade, é o povo, e a praça, ela mostra não só a cultura e entretenimento, mas o progresso, principalmente aos poucos jovens que querem triunfar na vida musical, veja que ao seu redor reúnem pobres, ricos crianças, adolescentes, adultos e idosos.”

“Minha Alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio dos outros.” (Clarice Lispector)

E, uma Filosofia: “A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.”

Autor: Antonio Airton de Barros – Professor Especialista no Ensino de História.

Escrito em, 6.04.2019 Baseado em relato oral do Sr. Genivaldo Joaquim da Silva.

OLIVEIRA, Moacir Omena de. ENSAIO HISTÓRICO DE ALTINHO. – ALTINHO, 1770 – 1970. Edição Preliminar.

Fotos : Juarez - Antonio Airton.





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postado por Altinhoshow

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