Um homem foi preso nesta terça (28) por suspeita de assediar mulheres no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Zona Oeste do Recife. Segundo relatos de testemunhas, ele assediou duas vítimas e, para se esconder de estudantes que queriam denunciá-lo, se inscreveu num seminário de filosofia, onde foi visto gravando imagens de uma mãe que amamentava a filha.
Por meio de nota, a UFPE informou que a equipe de segurança da universidade acionou a Polícia Militar. Estudantes organizaram um protesto na frente do prédio onde o evento era realizado para impedir que o suspeito fugisse do local.
O nome do suspeito, que foi levado à Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, não foi divulgado.
“Ela [a mãe] estava sentada perto da porta, com a menina no braço, amamentando, quando ele se sentou perto dela e ficou com o celular o tempo inteiro virado para ela”, contou uma estudante que pediu para não ser identificada.
‘Por que não posso assediá-las?’
Ao g1, a testemunha contou que estava conversando com alguns colegas nas imediações do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) quando o homem se aproximou do grupo, por volta das 11h desta terça (28).
De acordo com ela, naquele momento, o suspeito estava assediando mulheres no local.
“Estava todo mundo sentado e ele falou, rindo: ‘Posso fazer três perguntas? A primeira, eu já fiz; a segunda é onde fica o CFCH; e a terceira é por que eu não posso assediá-las se elas estão me assediando. Elas estão nessas poses eróticas e eu tenho que conter o meu instinto’”, contou a testemunha.
Segundo a estudante, o grupo de alunos tentou deter o suspeito, que disse ser advogado, mas ele se dirigiu para o CFCH, onde se inscreveu, de última hora, num seminário de filosofia.
“O pessoal que viu o primeiro ato dele, foi lá, tentou tirá-lo. O chefe da segurança pediu para ele sair. Ele saiu, mas depois de um tempo ele retornou. Foi quando teve o segundo momento, em que assediou a mãe que estava amamentando a filha”, disse.
Ainda de acordo com a aluna, a equipe de segurança da universidade deixou o homem numa sala perto da entrada do CFCH, enquanto os estudantes aguardavam a chegada da polícia do lado de fora.
“A gente começou a ‘agitar’ [um protesto] porque estava todo mundo calado, com cara de velório, sendo que tinha um tarado aqui dentro”, afirmou.
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