A Petrobras informou nesta terça-feira (16) que sua diretoria executiva aprovou ontem uma nova política de preços para o diesel a gasolina, em substituição à atual. Segundo a estatal, a nova política não refletirá apenas a cotação internacional do petróleo e o dólar como é hoje.
A definição dos preços também levará em conta os custos internos de produção, que consideram capacidade de refino e logística, por exemplo, além dos diferentes tipos de petróleo produzidos no país.
Os preço de importação e exportação de petróleo e derivados também entrarão no cálculo. Mas eles serão referência para a parcela do combustível importado ou exportado, não para todo o petróleo vendido.
Haverá uma espécie de personalização do preço, baseado no chamado "custo alternativo do cliente". Se houver preço menor na concorrência, a Petrobras vai avaliar a redução do valor dos seus produtos para esse cliente.
Na prática, a ideia é oferecer o mais baixo preço de mercado para os clientes.
Os reajustes continuarão a não ter uma periodicidade definida.
A atual política de paridade de importação (PPI) foi criada durante o governo Michel Temer. Ela alinha os preços locais basicamente ao dólar e ao barril de petróleo.
Durante toda a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu acabar com essa regra. Em entrevista ao Globo na semana passada, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, havia afirmado que a definição de valores dos combustíveis levaria em conta custos regionais e o cliente.
Objetivo é evitar repasse da volatilidade
No comunicado divulgado hoje, a Petrobras disse que "o anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes".
“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, disse o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, na nota.
De acordo com a estatal, os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, "evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
A empresa informou ainda que as decisões relativas à estratégia comercial continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo Presidente da companhia, o Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados e o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
No comunicado, a Petrobras diz que a estratégia comercial está alinhada com a Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno (Diretriz) aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2022.
Fonte: Folha de PE
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