O mecânico Diego Maradona Lins Campos, de 40 anos, que foi preso por suspeita de vender bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, é proprietário de uma distribuidora e estaria envolvido nos três casos de intoxicação confirmados em Pernambuco, de acordo com investigação da Polícia Civil. Duas vítimas morreram e outra perdeu a visão.
Diego Maradona foi detido em casa, em São Bento do Una, no último sábado (11), durante a Operação Intox Metanol, que apura suposto esquema de comercialização de bebidas falsificadas no estado. A ação contou com a participação de agentes da Polícia Militar (PM).
Na ocasião, os policiais também apreenderam 709 garrafas de rum e de conhaque com o suspeito – esse material, no entanto, ainda deve passar por perícia para constatar a presença de metanol. O Diario de Pernambuco não localizou a defesa do investigado e o espaço segue aberto para manifestação.
No inquérito, Diego Maradona é apontado como “distribuidor de bebidas de procedência duvidosa”. De acordo com a investigação, ele é o dono da empresa Sandiego Distribuidora, que tem sede registrada em Floresta, no Sertão, e estaria ligado, ainda, a estabelecimentos comerciais em São Bento do Una.
Ao longo investigação, policiais chegaram a fazer diligências na empresa Campos Polpas, às margens da PE-180, e em um sítio, que era usado como depósito de bebidas. Os dois endereços ficam em São Bento do Una e estariam vinculados a Diego Maradona.
Nesses locais, os agentes só conseguiram contato com familiares do suspeito, que não souberam informar seu paradeiro. A dificuldade para intimá-lo foi um dos motivos citados pelo juiz Neif Megid, da 2ª Vara de Lajedo, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ao decretar a prisão preventiva na semana passada.
Também pesou contra Diego Maradona o fato de a Polícia Civil não saber informar, ao certo, a quantidade exata de garrafas adulteradas que ele teria vendido às vítimas.
“Isso significa que podem existir outras garrafas adulteradas ainda não identificadas pela investigação, colocando em risco a vida de consumidores inocentes”, assinalou o magistrado.
“A intoxicação por metanol é uma emergência médica gravíssima”, registrou o juiz. “Diversas pessoas tiveram suas vidas ceifadas ou suas saúdes altamente prejudicadas, inclusive com perdas de funções de forma definitiva, em razão da busca desenfreada pelo lucro fácil e pela ganância priorizada em detrimento da saúde pública.”
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