O júri popular de Everaldo Santos Silva, acusado de matar a ex-companheira e a filha dela, de 10 anos, aconteceu nesta segunda-feira (24) no Fórum de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Ele foi condenado a 83 anos e 6 meses de prisão pelo duplo feminicídio ocorrido em setembro de 2023, na casa onde as vítimas moravam.
De acordo com a sentença, Everaldo recebeu as seguintes penas, todas em regime fechado:
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30 anos de prisão pela morte de Suilam Mirelle de Almeida, de 49 anos;
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50 anos de prisão pela morte da menina Vitória Tauani, de 10 anos;
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3 anos e 6 meses de reclusão, além de 301 dias-multa, pela subtração de objetos da residência após os crimes.
As duas foram encontradas mortas por estrangulamento dentro de casa em 11 de setembro de 2023. O réu, ex-marido de Suilam e padrasto de Vitória, foi preso em flagrante no dia seguinte, após ser apontado pela investigação como principal suspeito.
Na época, o delegado Eric Costa informou ao g1 que o acusado levou pertences das vítimas para tentar simular um latrocínio — roubo seguido de morte — com o objetivo de dificultar o trabalho da polícia. Ele passou por audiência de custódia em 12 de setembro de 2023 e foi encaminhado à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, onde permaneceu preso preventivamente até o julgamento.
Relembre o caso
Os corpos de Suilam e Vitória foram encontrados na noite de 11 de setembro, mas a polícia acredita que as mortes ocorreram no dia anterior, por estrangulamento com uma fita plástica.
Desde o início da investigação, Everaldo, ex-marido de Suilam e padrasto de Vitória, foi apontado como principal suspeito. Preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva e permaneceu detido até o júri.
O que diz a defesa
Em nota, a Defensoria Pública informou que, durante a fase de instrução, sua atuação técnica resultou na retirada de quatro crimes que haviam sido originalmente atribuídos ao réu pelo Ministério Público.
A instituição afirmou ainda que presta apoio e orientação aos familiares das vítimas e reforçou seu compromisso com a legalidade, os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas.
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