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Altinho: Saudade dos Nossos Carnavais

Surgido, historicamente, ainda no período antes de Cristo como uma celebração agrária e, introduzido no Brasil pelos portugueses, o carnaval é a festa mais popular e de custo mais acessível do calendário nacional de eventos.
Hoje em meio a uma preocupação sobre a crise hídrica que acomete o nosso país, vivemos o dilema de como brincar o carnaval sem desperdícios mas com a presença tradicional do molha-molha que diverte o folião, ao som de orquestras, batuques e músicas que embalam o som carnavalesco e contagiam até os mais frígidos humanos que se atrevem a sair às ruas. É bem verdade que alguns cristãos procuram o retiro como saída para uma concentração e direção à reflexão, ao foco na cristandade e fuga da festa da carne e do pecado do mundo como chega a ser conhecido o carnaval.
Temos muita saudade dos grandes tempos carnavalescos de nossa cidade. Das brincadeiras de ruas, das La ursas que envolviam a feira livre do sábado assustando ou animando crianças, pedindo dinheiro ou comida como tradição e não necessidade, da abertura das festividades com o Zé Pereira e o desfile do Rei Momo e Rainha do Carnaval, dos banhos, do mela-mela, do
carnaval de Taquara nas segundas feiras com parada obrigatória na Bica de Antonio Cassiano, dos blocos das Bolinhas de Dona Julieta e Inalda Félix, dos Corujas, das virgens e da imensidão de pessoas acompanhando 
As Viúvas”papangus que enchiam as ruas de Altinho de criatividade e que passavam nas casas com o intuito de manterem em segredo sua identidade até o último momento de carnaval por vontade própria, concursos de papangu ou, até mesmo, durante muitos carnavais. Saudade de grandes personagens que marcaram secularmente o nosso carnaval como Jorge Caracol, Dema do ônibus, dos saudosos Pedro Urubano e Raminho coveiro.
A festa popular hoje é marcada pelo escasso investimento institucional e ainda sobrevive pela determinação de foliões como:
Arimatéia Sobral e família, Dilson Melo, Rochinha, Zico, Demário,Romildo Conegundes, Antonio Angelo, expedito dos Correios e Dj Petronio que mantém acesa a chama do carnaval e a custos próprios os Blocos do Homem da Meia Noite, Bloco das Viúvas e hoje Bloco do Santa Cruz, Sport e blocos sugeridos a cada ano, conforme a criatividade do povo.
Em resumo, esperamos que a festa do carnaval em nossa cidade não se transforme em ausência do calendário por desculpas governamentais que evadam os povos para as praias, litorais ou reclusão, tampouco em momentos que se fixem como saudade do passado, em momentos que vivemos, registramos e que ficaram na história com lembranças fotográficas, filmagens, recordações, mas que se mantenha vivo como o nosso povo está a cada dia mais, vivo mas não entregue.
A falta de dinheiro, de apoio financeiro institucional, falta d’água e muitos outros problemas estarão aí, mas a criatividade humana fará a diferença e viveremos o carnaval de rua, do povo, o carnaval das famílias de Altinho.



Redação Altinhoshow

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