O sopro de esperança da vitória sobre a Espanha na segunda rodada da competição se provou um verdadeiro acaso em uma campanha completa de insegurança e sem poder de decisão. Mesmo em seus melhores momentos, jamais deu a impressão de que teria condições de conseguir algo mais em quadra do que realmente merecia uma entidade afundada em crises políticas e financeiras, que precisou pagar para jogar o Mundial de 2014 depois de não se classificar por mérito esportivo. Ainda que conseguisse a vaga, teria os Estados Unidos pela frente nas quartas de final.
Mas a chance de encontrar os americanos ficou apenas no sonho de consumo diante do que aconteceu no jogo que seria o da salvação do Brasil. Essa missão pode ser da Argentina caso a Croácia vença a Lituânia, às 22h30 (de Brasília). A Espanha contou com 23 pontos de Rudy Fernandez e mais uma atuação de excelência de Pau Gasol, com 19, além de 11 rebotes, terminando com a segunda colocação do Grupo B e um clássico europeu pela frente com a França nas quartas de final, quarta-feira.
Nessa situação sequer dá para reclamar dos argentinos, ainda que tenham começado o jogo sem sua formação inicial mais usada, deixando no banco de reservas Andrés Nocioni e Facundo Campazzo, carrascos do Brasil no sábado. Mesmo assim, começaram abrindo 8 a 0. A Espanha iniciou sua recuperação com Nikola Mirotic e Rudy Fernandez, conseguindo uma parcial de 22 a 3, que calou os argentinos na Arena Carioca 1 e aumentou a tensão dos brasileiros. No fim do período, 25 a 15 para os espanhóis.
Com o passar do tempo, o drama brasileiro foi aumentando. A Espanha apresentou o jogo consistente do confronto com a Lituânia e começou a abrir vantagem, que chegou a 16 pontos (41 a 25), ainda com quatro minutos por jogar no segundo quarto. A Argentina sofreu para se encontrar em quadra, mexeu de todas as formas e contou com o apoio da torcida para pelo menos se manter viva, perdendo por 48 a 35 ao fim do período, ainda alimentando a esperança de classificação do Brasil.
Mas não passou apenas de um fio de esperança. A Argentina demorou dois minutos para marcar seus primeiros pontos no terceiro quarto e viu a Espanha se deliciar no ataque, abrindo cada vez mais vantagem, que chegou a 22 pontos (62 a 40). Com o time bem ajustado depois de duas derrotas para Croácia e Brasil, os espanhóis conseguiram controlar o adversário e o placar confortável de 71 a 57 no fim do período, mesmo perdendo Juan Carlos Navarro, desqualificado com duas faltas técnicas.
A Argentina até esboçou uma reação no começo do último quarto, reduzindo a diferença para 11 pontos (75 a 64) em uma cesta de Scola, a 6m51 do fim. Mas não passou de um momento de lucidez nos últimos 10 minutos. Os brasileiros sofreram com a proximidade da eliminação a cada segundo no relógio, e os argentinos viram o festival de talentos da Espanha desfilar e fechar o jogo em 92 a 73, mostrando que os campeões europeus estão muito vivos na competição.
do G1
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