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ALTINHO URBANO: O Orador de Júlio Rodrigues, escrito por Antonio Aírton


João Laranjeira Neto, ou simplesmente João Laranjeira, como era conhecido pelos altinenses, também se tornou amplamente conhecido em toda a cidade como “o orador de Júlio Rodrigues.”

João Laranjeira nasceu no dia 8 de julho do ano de 1916 e faleceu no dia 8 de junho de 2011, portanto, praticamente aos 96 anos de idade, uma figura quase centenária, portanto. Ele era casado com Dona Maria do Ó Laranjeira (falecida), e juntos tiveram dois filhos: Adauto Laranjeira e Arnaldo laranjeira, este último já falecido.

O “velho João”, foi funcionário do antigo DPV auxiliando o veterinário o dr. João, trabalhou por muitos anos nas exposições e animais na capital pernambucana, vacinando o gado e colhendo o sangue dos mesmos para exames, foi “comissário de polícia”, no Sítio Cabeleira, atualmente Guaraciaba. Era um homem de comportamento sério, mas também muito bondoso, e atencioso. Vaidoso, tanto que, mesmo com a idade já bastante avançada contudo, não deixava de tingir cuidadosamente os cabelos e também o bigode bem aparado. Andava sempre de óculos escuro e nunca se separava de um guarda-chuva, tinha sempre à cabeça um chapéu preto.

No final de cada ano, no mês de dezembro, costumava comprar um terno novo, pois, se não fizesse isso, as festas de Natal e Ano Novo para ele estariam perdidas.

Por volta do ano de 1976, ele se achava um excelente orador, e, talvez por isso, tenha também se tornado muito conhecido na cidade. Acabou se envolvendo no meio político. Chegou a ser uma espécie de orador oficial das campanhas políticas do inesquecível prefeito de Altinho, Júlio Rodrigues Filho, segundo diziam os correligionários políticos daquela época.

João Laranjeira trabalhava incansavelmente ao lado de Júlio Rodrigues o qual tinha uma característica peculiar: subia no palanque por ocasião dos comícios ou mesmo e um evento para a inauguração de uma obra, mas nem sequer pegava no microfone para um discreto cumprimento, apenas acenava para o povo e gesticulava para o povo. Tinha nas campanhas como marca registrada uma caminhoneta branca, uma C10 que acabou virando símbolo de suas campanhas políticas, quando na época fazia bastante sucesso a música “Pombinha Branca”, na voz da cantora Joelma e depois com o famoso grupo musical The Fivers.

João Laranjeira tinha tanta fissura por discursar que, já nos seus últimos dias de vida, combalido pela doença, pela esclerose, por isso talvez ficava horas e horas no seu leito fazendo discursos dizendo: “boa noite, minhas senhoras e meus senhores...”

Enfim, o inesquecível João Laranjeira Neto, sem sombras de dúvidas, foi antes de tudo cidadão altinense, um altinense inesquecível.

Autor: Antonio Airton – Professor Especialista no /ensino de História.

Escrito em, 01.09.2012.

Editado em, 20.05.2019.


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postado por Altinhoshow

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