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ALTINHO TERRA QUERIDA, ESCRITO POR ANTONIO AIRTON

 


Altinho terra querida,

Em versos vou apresentar.

Fragmentos da sua história,

Das belezas deste lugar.

Filhos ilustres, administradores,

Que ajudaram o município a prosperar.

 

Altinho teve a sua origem,

Por volta dos anos de 1750.

A partir da doação,

De meia légua de terras,

Mais vinte novilhas e um touro.

Das mãos de um português religioso,

Sr. José Vieira de Melo.

Sem intenção de ser famoso,

Muitas obras ele realizou,

Era um homem caridoso.

 

Para documentar sua decisão,

Um inventário foi lavrado.

Pelo Tabelião Antônio Pereira,

Junto ao juiz de órfãos,

Capitão Frutuoso Marques.

Ficando bom para ambas as partes,

Deu-se o doador por satisfeito.

 

Ao perceber a dificuldade dos fiéis,

Que tinham para uma missa assistir.

Pois tinham que daqui sair,

Caminhando léguas até Garanhuns.

Sob a invocação de Nossa Senhora do Ó,

Uma Capela ele mandou construir.

 

Depois de pronta a Capela,

Os moradores puderam frequentar.

Para realizar as suas preces,

Promessas também pagar.

Até mesmo os viajadores,

Que por aqui transitavam.

De Garanhuns à Recife,

Onde lá negociavam.

Muitos deles acabaram ficando,

Por gostarem desse lugar.

 

Adquiriram lotes de terra,

Para na agricultura e pecuária investir.

A partir desses acontecimentos,

E com o tempo passando,

O povoado começou a surgir.

 

Com o número de fiéis aumentando,

A capela tornou-se pequena.

Foi quando o nosso ilustre doador,

Um novo Templo mandou construir.

A Matriz de Nossa Senhora do Ó,

Realizando mais uma importante ação.

O que permitiu aos frequentadores,

Uma melhor acomodação.

 

A Capela primitiva,

Recebeu uma nova invocação.

Até hoje é conhecida,

Como Igrejinha de Nossa Senhora da Conceição.

 

Com o surgimento de novos moradores,

Uma vila foi se formando.

Localizada em um planalto,

De seiscentos metros de altura.

Situada às margens do Rio Una,

Dando-lhe grande formosura.

 

Aos olhos de quem passava,

Parecia obra de um artista,

Que uma paisagem pintou.

Somente no ano de 1899,

Cidade Altinho se proclamou.

 

Continuou sendo admirada,

Por aqueles que por ela passavam.

Pela beleza de suas serras,

Pelo ar puro, pelo clima.

A pureza de suas águas,

As cachoeiras descendo das fontes.

A enigmática Pedra do Letreiro,

No Sítio de mesmo nome.

 

A atrativa “Pedra Bonita”,

Localizada no Sítio Muro Verde.

Onde tem uma bela fauna e flora,

Além de vista espetacular.

As maravilhas do Sítio Taquara,

Com suas águas, clima e vegetação.

Guaraciaba e Ituguassú,

A cachoeira do Sítio Carão.

 

Ilustrando a sua história

Altinho encheu-se de fama,

Sobre um fato em especial.

Ao ser escolhida pelo governo,

Para sediar forças da Guarda nacional.

Durante a Guerra dos Cabanos,

Servindo de “Quartel General”.

 

Foi lugar de pagadoria,

Para quem compunha as tropas.

Cedeu casa para enfermaria,

Onde cuidavam dos soldados feridos,

Envolvidos no conflito.

É o que relata alguns escritos,

Mesmo não incluídos,

Na história oficial.

 

Teve momento de glória,

No conflito político com Bebedouro.

Ocorrido por volta de 1896.

Um embate sobre o qual,

Altinho saiu vencedor.

Hoje são duas cidades amigas,

Cada uma com a sua altivez.

Altinenses e Agrestinenses irmanados,

Dando exemplo de civilidade e sensatez.

 

 

A cidade foi crescendo,

E muitos filhos ilustre nos deu.

Os doutores: Pedro da Costa Couto,

Severino Ferreira de Omena, Pedro Duarte,

Antônio Lins de Figueirêdo,

Apolônio Sales, José Ferreira de Lima,

Antônio Ferreira de Lima, Caetano Bento de Figueirêdo,

Epaminondas de Barros Correia (Barão de Contendas)

Rossini Lemos, Manoel Alves de Oliveira.

 

Pe. Manoel Zacarias, Coronel Joaquim Alves dos Santos.

Inácio Baptista de Arruda, Izaías Ferraz de Nogueira.

Elias Gomes, Olegário Rodrigues, Dona Cantilha,

Manoel Lins, Cristóvão Menezes, Agenor Oliveira.

Os professores: Francisco Joaquim de Barros Correia,

Zefinha Bezerra, Lia Bezerra, Dona Senhorinha.

Adalice Diniz Moura, Carmélia Diniz Moura,

Matilde, Maria do Patrocínio e Dona “Cula”,

Pessoas que muito fizeram pela educação,

Ilustrando nosso cenário intelectual.

 

Terra dos primeiros comerciantes:

Sebastião de Barros Correia,

Manoel Bezerra de Oliveira.

Caetano Bento de Figueirêdo,

Aureliano de Barros Correia.

Luís Benevides de Melo,

Sebastião Alves de Oliveira.

José Gomes de Moura,

Jacinto Bezerra da Silva (Seu loló).

João Moura, Antônio Benevides.

João Brasil, José Costa,

Roque Bezerra de Sobral.

José Caracol, “Seu Belo”,

Adolfo Ribeiro, Antônio Trajano.

O inesquecível Jaime de Belo,

Cadete, Miguel Alves Bezerra,

Patrício e “Zé Miliano”.

 

Finalizo registrando,

Nesse meu breve relato.

Nomes de alguns prefeitos,

Que contribuíram com garra e luta,

Para que nossa terra pudesse avançar.

No progresso daquela época,

Com sua bandeira a tremular:

 

Antônio Lins de Figueirêdo,

José Ferreira de Lima.

Rubens Lemos que quando aqui chegou,

Amou o solo e o clima.

Luís Benevides de Melo,

Irineu Esperidião de Carvalho.

 

José Félix Rodrigues,

Menandro Pereira Filgueira Neto.

Inácio Baptista de Arruda,

José Mendes da Silva.

Conceição Pereira de Andrade,

Primeira mulher prefeita,

Que mesmo por pouco tempo,

Deu a sua contribuição.

Registrando na história,

A presença feminina,

 Desempenhando com competência a função.

Júlio Rodrigues Filho,

Edmilson de Barros Melo,

José Ferreira de Omena, dentre outros.

 Dedicaram parte de suas vidas,

Prestando serviços à população.

Eles têm da nossa terra querida,

Justa e eterna gratidão.

 

Autor: Antonio Airton de Barros.

Fotos: Arquivo Pessoal/Redes Sociais.

Em, 06.05.2021

 



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postado por Altinhoshow

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