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ALTINHO-PE: E volta o carnaval da alegria e dos foliões no Município.




A cidade de Altinho, interior do agreste de Pernambuco, voltou a viver um carnaval de multidões, do frevo e dos blocos. Aos poucos a cidade vai retomando a sua normalidade e revivendo as suas tradições. O carnaval desse fevereiro de 2023 relembrou, de relance, o carnaval da época de ouro da cidade nos idos de 1985, quando da fundação do Bloco das Viúvas e ano do ápice do carnaval altinense.

O Bloco das Virgens acontecia sempre num domingo antes  do domingo de Carnaval, também  preliminar aos blocos que desfilavam reverenciando o Rei Momo e a Rainha do Carnaval no Sábado de Zé Pereira, quanta saudade. O carnaval do Bloco dos corujas, das Viúvas, do Bloco do Tio Pedim, do Bloco do Cabo Chico, do carnaval na Vila de Taquara que acontecia sempre às segundas feiras com sua água natural banhando o corpo dos turistas e que virou trecho de um hino do compositor Antônio Gomes, trazendo o retrato da acolhida do interior e que era assistido nas gravações editadas pelo grande George Foto Studio com narrações do radialista e locutor Roberto Brasil.

O carnaval do famoso Bloco das Bolinhas que eram professoras fantasiadas de papangus, e também  da grande quantidade de papangus que lotavam as ruas desde o domingo e tinha seu grande apogeu no final da tarde de terça-feira. O carnaval dos carros  e motos barulhentas, do entra e sai e molha molha das diversas pessoas na casa de Raminho na Rua Coronel João Guilherme, das loucuras de Pedro da Viúva, do banho na baixinha da Boa Vista e dos frevos tocados na Praça Júlio Rodrigues Filho.

O carnaval do famoso "acorda povo" puxado por Roberto Brasil e mais alguns foliões que eram multiplicados na fala do locutor e que chamavam a atenção quando gritava ao microfone " são mais de duzentas pessoas, já são centenas de pessoas no bloco, acooooorda Altiiinho " quando olhávamos eram poucas unidades ou uma pouca dezena que transformava a irreverência em folia e trazia o sorriso a face das pessoas logo nas primeiras horas da manhã na segunda e terça feira de Carnaval. 


O bloco do Bacalhau de Nildo Confecção que desfilava às quartas feiras de cinza, paralelo a fé do povo altinense e sua crença de recebe cinzas após a missa.

A saudade é grandiosa das marchinhas e enredos, dos frevos tocados e gravados que embalavam o a la la ô dos três dias de festa na folia das famílias e amigos. Os banhos de bomba, um instrumento de armazenar e dispersar água feita artesanalmente de cano e com vedação em rolha da borracha de sandálias havaianas, só quem é da época sabe.
 

Saudade da La Ursa na feira de sábado que tinha mistos de meiguice e de cara feia que encantava ou amedrontava a criançada, isso quando não levavam carreira de cães soltos na rua e transformava-se de situação medonha ou irreverente a engraçada também. 

A variação nas vozes mudadas dos papangus e seus disfarces no andar claudicante ou arrastado para disfarçar a verdadeira identidade do mascarado, a criatividade nas fantasias de Expedito do Correios, Arimatéia de Roque e seu irmão Doda, a alegria de Pedro Urbano ou Pedro Urubano como alguns chamavam, sem esquecer o tradicional e inesquecível Jorge Caracol que saia anunciando papangus nas portas das casas e ruas.

Lembramos com orgulho do carnaval dos grandes intérpretes de enredo desde Joãozinho Soares e seu cavaquinho a Carlos Loucura, Dilson Melo e João Paulo que tanto entoaram e ainda entoam os cantos e enredos de carnavais e, principalmente, do clássico enredo de carnaval que anuncia o Bloco das Viúvas de Altinho. 

Hoje é comumente aos jovens dançarem , apreciarem os hits do momento ou dancinhas de tik tokers, snaps e passinhos coletivos com vistas rapidamente ao stories ou status de aplicativos e rede social. 


A cultura histórica do carnaval da cidade sofre a sua mutação pela preferência ou costumes de uma nova geração da era da  eletrônica e informática,das atualizações súbitas ou velocidade de um novo beat presente nos Blocos Se for beber me chame  e do Bloco Encosta que Cresce , além  dos blocos estudantis de cada instituição educacional como o BC folia e o Zé Lins folia. 

No ano de 2023 a diversidade cultural foi o elo da folia com musicalidade, alegria, danças, cultura e renovação da tradição, da irreverência e gerações. Mais que a hora perfeita de matar a saudade e deixar o desejo de que venha logo o carnaval 2024.

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postado por Altinhoshow

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