Uma pesquisa da ONG Think Olga aponta que, no Brasil, as mulheres gastam em média 21 horas por semana em tarefas domésticas não remuneradas. O Fantástico falou sobre o assunto neste domingo (13).
Em um ano, isso equivale a mais de mil horas dedicadas a um trabalho fundamental, que beneficia toda a sociedade, mas que é pouquíssimo valorizado.
Essa discussão ganhou força com o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio, no domingo (5), que foi “A invisibilidade do trabalho de cuidado feito pela mulher no Brasil".
Segundo a pesquisa “Esgotadas”, da ONG Think Olga, quase metade das mulheres entrevistadas possui diagnóstico de ansiedade, depressão ou algum transtorno mental. E a sobrecarga é um dos principais fatores que desencadeiam esses problemas emocionais.
“Tem um público específico, que são as mulheres negras e periféricas que têm menos acesso aos recursos do estado, aos aparatos do Estado, como as creches, as unidades de saúde. São essas mulheres que também trabalham nos serviços de cuidado, que são as trabalhadoras domésticas, as babás, as enfermeiras, cuidadoras de idosos, as professoras da das creches e ensino básico que, não por acaso ocupam a base da pirâmide. Então, são pessoas que executam esse trabalho de cuidado que de tão mal, tão invisível e tão mal remunerado, seguem num ciclo de pobreza” , afirma Maira Liguori, diretora da Think Olga.
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