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188 anos de criação da PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO Ó



Nossa Igreja Católica orienta e incentiva as festas dos Santos Padroeiros, e assim os fiéis tem sempre uma referência, a quem recorrer, para a intercessão e um motivo ainda maior para festejar, é quando se trata do aniversário de criação de uma paróquia. No caso de Altinho, com a criação da Paróquia de Nossa Senhora do Ó em 12 de junho de 1837, considerando as condições daquela época, houve um grande impulso ao desenvolvimento, em 1887 veio a emancipação e a criação do município. Revendo a história, com a criação da Fazenda Nossa Senhora do Ó em 1698, pelo então pioneiro ANTONIO VIEIRA DE MELO, o culto e a devoção a Nossa Senhora eram evidentes. Por desconhecimento, muitos católicos confundem as várias expressões de Nossa Senhora que aconteceram e acontecem em vários momentos, entendem como sejam várias Nossas Senhoras. Aqui em Altinho, às vezes por falta de zelo e cuidado, a gente ouve pessoas falar a expressão: Nossa Senhora “rogais por nós”, quando o correto é: NOSSA SENHORA ROGAI POR NÓS.
Vários fatos evidenciam a intercessão de Nossa Senhora do Ó, como já foi citado em outra publicação. “Nossa Senhora socorreu o seu povo na guerra dos Cabanos, uma das batalhas ocorreu em 1832 em pleno centro da cidade”. Na epidemia do cólera em 1854/57, quando quase 50% da população pereceu. Infelizmente, não temos outros registros de fatos onde a população recorreu e foi atendida. Existem devotos de Nossa Senhora, que devido ao tipo de sua devoção, era rezar o rosário diariamente, de joelhos, como é o caso do seu Miguel, por isso ele se tornou conhecido por MIGUEL DO ROSÁRIO. 
Um fato curioso e conhecido, data de 23 de novembro de 1949, quando aconteceu o casamento do Senhor João Caetano Sobrinho com Dona Teresinha.  Foi numa terça feira, a festa, como era o costume, rolou durante toda a noite. Seu João Caetano, que negociava na feira de Cupira, deixou a festa e foi direto para feira de Cupira, e lá pelas tantas horas começou uma forte chuva em toda a região, algo nunca visto, e assim paralisou todas as atividades. Seu João Caetano, por sua vez, não tinha como retornar para casa, com os rios transbordando, a opção foi pegar o transporte para o Sul (zona da mata) e assim se preparar para fazer a feira que ocorria toda semana e em consequência adiar sua “lua de mel”. Também todas as pessoas que na quarta feira 24 de novembro de 1949, viajaram para fazer a feira de Cupira, naturalmente, não puderam retornar, de imediato, para suas casas, foi o caso de meu pai João Alves de Oliveira (conhecido por BIBI), que embora vendo que a chuva poderia criar uma difícil situações para a sua família, ele não teve o que fazer, só rezar. Sua esposa dona Brígida Alves de Oliveira, na época, com 6 filhos pequenos e uma bebê de 3 meses, que morava no conhecido sobrado de Demarcação, um prédio de primeiro andar, desesperada sem saber o que fazer, viveu momentos dramáticos com suas 7 crianças. Eu lembro desse momento em que minha mãe, temendo que devido ao volume das águas, as paredes pudessem desmoronar em cima dos filhos, resolveu tomar a atitude de retirar todos para fora de casa, a céu aberto, na chuva, e com muita fé pediu a Nossa Senhora a proteção para seus filhos, na verdade, as crianças sem entender o que estava acontecendo, mas minha mãe as acalmava, dizendo que nós temos uma MAE NO CÉU. 
Esse foi um acontecimento único e marcante.  
Walfrido Alves de Oliveira 12/06/2025


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postado por Altinhoshow

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