Entre 2023 e 2024, os recifes de coral de Pernambuco foram fortemente afetados por uma onda de calor marinha. Em São José da Coroa Grande, 53% dos corais morreram, e em Porto de Galinhas houve uma redução de 28% na cobertura coralínea, totalizando uma perda de 81% nas duas áreas.
Esse fenômeno, causado pelo aumento da temperatura dos oceanos, leva os corais a expulsarem as microalgas essenciais à sua sobrevivência, resultando no branqueamento e possível morte. A situação se repete em outras áreas do Nordeste, como Maragogi (AL), com 88% de perda, e Rio do Fogo (RN), com 38%.
O estudo, publicado na revista Coral Reefs, é o primeiro a avaliar sistematicamente os efeitos desse fenômeno nos recifes brasileiros. Foram monitoradas 18 localidades entre 2023 e 2024. Na média, os recifes ficaram sob estresse térmico por 88 dias. Em 11 delas, os corais se recuperaram, como em Fernando de Noronha, Abrolhos e o Atol das Rocas.
Entre as espécies mais afetadas estão o coral-esmeralda (66% de mortalidade), o coral-de-fogo (54%) e o coral-vela (28%). A perda dessas espécies compromete a biodiversidade marinha e atividades como pesca e turismo.
Esse foi o quarto evento global de branqueamento em massa, agravado pelo aquecimento global e o aumento prolongado da temperatura dos oceanos.
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