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Pernambuco tem 22 casos por dia de doenças ligadas ao saneamento, diz pesquisa


Pernambuco registrou, em 2024, 8.179 internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), o equivalente a 22,3 casos por dia. O número coloca o estado entre os quatro com mais casos do Nordeste, atrás apenas de Maranhão, Bahia e Ceará.

A maior parte das hospitalizações está ligada a doenças de transmissão feco-oral, causadas pela ingestão de água ou alimentos contaminados, refletindo os impactos diretos da falta de acesso à água potável e ao esgotamento sanitário.

O levantamento aponta que há 8,57 internações a cada 10 mil habitantes, taxa superior à média nacional, que é de 6,6, segundo o Instituto Trata Brasil.

Das internações registradas no estado, 6.308 foram provocadas por doenças de transmissão feco-oral, como diarreias infecciosas, hepatite A e infecções gastrointestinais. Essas enfermidades representam 80% das internações associadas ao saneamento em Pernambuco e mostram que os pernambucanos têm maior risco de hospitalização por doenças evitáveis do que moradores de estados como Rio de Janeiro (5,88 internações por 10 mil hab.) e Santa Catarina (4,42 por 10 mil hab.).

O levantamento indica ainda que 1.454 casos estiveram relacionados a doenças transmitidas por insetos vetores, como dengue, zika e chikungunya, e 228 a doenças de contato com a água, além de 163 ligadas à falta de higiene. Apesar do peso da dengue no cenário nacional, Pernambuco conseguiu manter o número de internações por vetores em um patamar moderado.

O estado registrou, em 2024, 1.836 internações em crianças de até 4 anos e 2.412 em pessoas com mais de 60 anos, juntas, essas faixas etárias representam mais da metade das hospitalizações.

Queda nas mortes, mas alto custo ao SUS

Apesar do número elevado de internações, as mortes por doenças ligadas ao saneamento vêm diminuindo em Pernambuco. Entre 2008 e 2023, o estado registrou queda média anual de 3,3% no número de óbitos por DRSAI, uma das reduções mais expressivas do Nordeste.
Mesmo assim, os custos chegaram a R$ 7,04 milhões pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2024, sendo R$ 5,52 milhões apenas com doenças de transmissão feco-oral.

Essas despesas representam recursos que poderiam ser direcionados a outras áreas da saúde pública, como prevenção, atenção básica e ampliação de leitos hospitalares. Além disso, o estudo lembra que cada internação gera perdas indiretas, como queda de produtividade e evasão escolar.


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postado por Altinhoshow

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