A fala de Pedro só veio mais de 24 horas após a votação. Em um vídeo publicado em seus perfis oficiais, o deputado reconheceu que sua escolha não foi a melhor e detalhou os bastidores da decisão.
O que disse Pedro Campos
O parlamentar afirmou ter recebido "milhares de mensagens" de pessoas questionando sua posição. Ele explicou que, diante da proposta apresentada pelo Centrão, o campo progressista avaliava duas estratégias: recusar qualquer diálogo e correr o risco de ver a anistia a golpistas avançar, ou negociar mudanças no texto para retirar os pontos mais polêmicos.
Segundo Pedro, a bancada conseguiu suprimir trechos considerados abusivos, como a exigência de autorização para a Polícia Federal investigar parlamentares. Ele também ressaltou que votou contra o foro privilegiado para presidentes de partidos e contra o retorno do voto secreto.
Apesar disso, a PEC acabou sendo aprovada em versão mais ampla, incluindo novamente o voto secreto após manobra regimental. Diante desse resultado, Pedro afirmou ter "a humildade de reconhecer que não escolhemos o melhor caminho e saímos derrotados"
Mandado de segurança no STF
O deputado anunciou ainda que ingressará com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a votação, alegando irregularidades na condução do processo.
"Todas as críticas que recebi são legítimas"
, disse Pedro, lembrando que votou a favor da
prisão de Chiquinho Brazão e pela continuidade de processos contra figuras como Ramagem e Bolsonaro. Segundo ele, seu compromisso segue sendo com a população.
Entenda a PEC da Blindagem
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada pela Câmara amplia a proteção judicial de deputados e senadores. Entre os principais pontos estão:
• Prisão em flagrante: em casos de crimes inafiançáveis, a manutenção da prisão dependerá de votação secreta no plenário;
• Abertura de processo criminal: passa a depender de autorização do Legislativo, também por votação secreta;
• Medidas cautelares: só poderão ser determinadas pelo STĘ, e não por juízes de instâncias inferiores;
• Foro privilegiado: se estende aos presidentes de partidos com representação no Congresso, inclusive João Campos, que é o presidente Nacional do PSB, e irmão de Pedro Campos.
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